sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Levantamento de Seio Maxilar Utilizando Biomateriais

Muitas vezes nos questionamos se o uso de biomateriais sem qualquer osso autógeno irá permitir uma boa formação óssea nos procedimentos de sinus lift. Devemos lembrar que a cavidade do seio maxilar é uma cavidade bastante favorável a formação óssea, devido ao número de paredes, sendo uma técnica com alta taxa de sucesso.


veja o resumo do trabalho clicando aqui


Entre 1997 e 2003 foram realizados neste estudo 406 elevações da membrana sinusal em 314 pacientes. Análises clínica, radiográfica, histológica e histomorfométrica foram realizadas.
Em todos os casos foi utilizado como particulado ósseo apenas hidroxiapatita bovina (Bioss - Geistlich) e membrana absorvível de origem suína (Biogide - Geistlich).

Foram instalados 1025 implantes, sendo 11,5% simultaneamente ao procedimentos de sinus lift. 907 implantes foram instalados após 6 a 12 meses.

Como resultados - apenas 5casos de infecção sinusal os quais foram tratados  com antibioticos. Apenas 19 implantes foram perdidos com taxa de sobrevivência de 98,1%. A análise histológica mostrou nova formação óssea (39%) e 8% de partículas residuais do substituto ósseo.

Desta forma, os resultados demonstraram alta previsibilidade e sucesso.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Modulador Celular


Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – O óxido nítrico (NO) produzido por diversas células do corpo humano pode ser um regulador endógeno das células T-helper do tipo 17 (Th17), de acordo com um novo estudo realizado por um grupo internacional com participação brasileira. Prevenindo a proliferação de células Th17, o NO tem potencialmente a capacidade de controlar uma doença autoimune.
O NO é uma molécula conhecida por seu envolvimento no controle de microrganismos patogênicos. As células T são glóbulos brancos envolvidos com a resposta imune contra tumores e agentes infecciosos. As células Th, embora não façam fagocitose, nem tenham atividade citotóxica, têm a tarefa de ativar e dirigir outras células de defesa do organismo.
O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O trabalho teve participação de cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) – ambas da Universidade de São Paulo (USP) –, da Universidade de Glasgow (Escócia) e da Universidade Aichi Gakuin, em Nagoya (Japão).
De acordo com uma das autoras brasileiras, Sandra Fukada, professora de farmacologia da FCFRP-USP, o estudo contou com experimentos in vitro e in vivo para mostrar que o NO pode ser um regulador endógeno capaz de prevenir a expansão das células Th17.
“Conseguimos demonstrar que o NO regula a diferenciação e expansão das células Th17. Isso é relevante porque essas células têm sido implicadas no desenvolvimento de diversas doenças autoimunes. Se conseguirmos controlá-las, poderíamos potencialmente modular essas doenças”, disse Fukada à Agência FAPESP.
A pesquisadora participou do estudo durante seu pós-doutorado na Universidade de Glasgow, feito entre 2008 e 2010. Fukada também realizou dois pós-doutorados na USP, entre 2006 e 2007, com Bolsa da FAPESP e entre 2004 e 2006, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 2004 concluiu seu doutorado, também na USP, com Bolsa da FAPESP.
Segundo ela, a literatura internacional já mostrava que o NO é um mediador chave em diferentes funções biológicas. O grupo com o qual realizou o trabalho na Escócia havia publicado anteriormente que o NO, em baixas doses, potencializa a polarização de um outro subtipo de células T helper, as células Th1.
O grupo havia descrito também que o NO em altas doses era capaz de induzir um outro subtipo de células T com função imunossupressora – as células T reguladoras induzidas por NO (NO-Treg).

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dentes Criados em Laboratório podem Substituir os Implantes???


Uma descoberta realizada por cientistas da Universidade de Oregon, nos EUA, pode possibilitar a reparação do esmalte dentário sem obturações, a criação de dentes em laboratório e o fim das dentaduras.
A possibilidade é estimada devido à identificação do gene que controla a produção do esmalte dentário, a parte externa e dura dos dentes. Os pesquisadores descobriram esta função em testes com camundongos sem o gene Ctip2.
Este gene é considerado um "fator de transcrição" por regular a atividade ou expressão de outros genes. Já se sabia que ele tinha várias outras funções envolvendo respostas imunológicas e o desenvolvimento de pele e nervos.
"Não é incomum para um gene ter funções múltiplas, mas antes disto nós não sabíamos o que regulava a produção de esmalte dentário", disse Chrissa Kioussi, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Oregon.
A especialista acredita que pesquisas que incluam o controle do gene e a tecnologia de células-tronco podem, além de tornar possível a criação artificial de dentes, permitir ainda o fortalecimento do esmalte existente.
Com isso, seria possível reduzir cáries e a necessidade de obturações.
Algumas equipes de pesquisadores já haviam conseguido cultivar partes internas do dente em laboratório, mas não o esmalte.
A pesquisa foi divulgada em "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Fonte: BBC 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Implantes inclinados na reabilitação de maxila atrófica com carga imediata funcional

Segundo os autores, a técnica é menos invasiva em comparação aos procedimentos de enxerto e também permite a colocação de implantes de maior comprimento.

Em artigo publicado na revista ImplantNews, (volume 07, N. 05, edição Setembro/Outubro), Euro Luiz Elerati, Mauricéa de Paula Assis e Karolina Marques de Azevedo apresentam um caso de reabilitação de maxila atrófica com a utilização de implantes inclinados de carga imediata funcional. Segundo os autores, a principal vantagem desta técnica consiste na instalação de implantes de forma menos invasiva em comparação aos procedimentos de enxerto. Permite, ainda, a colocação de implantes de maior comprimento e a diminuição das extremidades livres das próteses, favorecendo a biomecânica e permitindo a carga imediata.

RESUMO - A pneumatização do seio maxilar e a pouca densidade óssea determinam muitas dificuldades no tratamento reabilitador da maxila atrófica. Nestes casos, o enxerto do seio é o procedimento mais adotado atualmente, porém, muitos estudos avançam na descoberta de alternativas cada vez menos invasivas, mais estáveis e com menores custos. O objetivo deste estudo foi demonstrar, através do relato de um caso clínico, a viabilidade da carga imediata associada a implantes inclinados para o tratamento reabilitador da maxila atrófica, bem como descrever suas vantagens em relação às outras opções de tratamento. No caso relatado, foram colocados dois implantes no sentido axial na região dos incisivos, dois inclinados no sentido distomesial na região dos pilares caninos e dois no sentido mesiodistal, no processo pterigoide do osso esfenoide, transfixando o túber da maxila. A prótese definitiva, do tipo protocolo de Brånemark, foi instalada 72 horas após a cirurgia de colocação dos implantes. A associação de implantes inclinados e carga funcional imediata representam uma alternativa viável e biomecanicamente estável no tratamento da maxila atrófica.


Unitermos - Maxila atrófica; Implantes inclinados; Função imediata; Carga imediata.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Morfologia do Alvéolo para Tratamento Estético com Implantes: Estudo Piloto

INT J ORAL MAXILLOFAC IMPLANTS 2010;25:970–978

Os autores propuseram estudo para determinar a quantidade de tecido (mole e duro) na implantação de alvéolos pós-exodontia. O intuito foi desenvolver estética ideal após a colocação imediata ou tardia dos implantes.
Os resultados do estudo indicaram que a instalação imediata de implantes, após a exodontia de alvéolos considerados ideal, teve sucesso em um pequeno número de casos. Nos casos de alvéolos comprometidos, o resultado estético, após a implantação imediata, foi imprevisível, mesmo após correções com enxertos de tecido mole e ósseo. Os resultados mais previsíveis foram alcançados nos sítios tratados com a instalação tardia dos implantes, onde regeneração óssea guiada e enxertos de tecido conjuntivos foram realizados previamente.
Gostou do artigo? Gostaria de ler o texto na íntegra? Então deixe no comentário desta postagem seu e-mail ou entre em contato com um dos professores….


domingo, 17 de outubro de 2010

III Simpósio Internacional de Periodontia

Quinto Fórum Oral-B e Terceiro Simpósio Internacional de Periodontia realizado em São Paulo, no hotel Estanplaza, foi ministrado pelo professor Marc Quirynen e professora Magda Feres. Professor Quirynen foi o introdutor da técnica "full mouth" que resumidamente trata o paciente periodontal em até 24 horas. Abordou-se temas como tratamento das diferentes periodontites, utilizando-se do debridamento associado a antibióticos. Ademais, assuntos como halitose,  perdas precoces e tardias dos implantes foram lecionados. Tudo isso, baseado em vasta referência bibliográfica, na maioria vezes, publicada pelos próprios palestrantes do evento.



De Florianópolis estavam presentes no evento (da esquerda para direita) a ex-aluna dos cursos de Aperfeiçoamento em Periodontia e Implantes (Uni-ABO) Elisabete Lopes Guimarães, Professor Ivan Borges Júnior, as periodontistas e ex-alunas do curso de Especialização da Uni-ABO Ana Demboski Patrício e Tânia Maria Bento.